quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Na mesa, o macarrão de Tomie de Paola

Ainda criança aprendi a amar macarrão. Macarrão de todos os tipos, servidos a qualquer hora. Minha avó, Glória, era uma craque na cozinha e teve seu tempo de produzir até a massa que servia na mesa farta de sua casa. Eu não lembro da massa feita por ela, mas lembro de sua paixão por macarrão, pizzas - essas sim, feitas em casa - e sopas que herdou de seus pais italianos. Meu pai encarregou-se de fazer o macarrão ter presença certa na minha casa. Por muito tempo, quando pesava menos de 50 quilos e não podia doar sangue - ai que saudades! - eu comia todas as noites um prato de cabelinho de anjo, com manteiga e queijo parmesão, antes de dormir. O tempo passou, me credenciei para doar sangue e a classe média carioca passou a tratar nosso velho macarrão por massa. Mas eu continuei apaixonada por macarrão de todos os tipos, com qualquer molho. Tanto que, todos os meses, faço uma compra apenas de massa italiana. Spagheti, penne, farfalli. fettuccine e fusilli. O consumo aqui em casa é grande. Meus filhos, como eu, adoram uma massinha. Talvez por isso a história Strega Nona, a avó feiticeira, de Tomie de Paola, editada pela Global, tenha nos cativado logo de cara. Nós conhecemos a história - um conto tradicional italiano recontado pelo premiado autor americano - através dos tapetes do grupo Costurando Histórias. Aliás, tem tudo a ver a história com o trabalho da troupe da Daniela Fossaluza. Strega Nona, com aquele narigão das italianas, tem um belo caldeirão mágico que faz pulular macarrão tão logo ela canta uma canção. Mas o caldeirão é só dela. Strega Nona avisa logo a Tonhão, seu ajudante. O rapaz, muito intrometido e ambicioso, no entanto, logo desobedece a Nona e experimenta algumas horas de glória, em sua pequena vila italiana. Até que chega a hora da verdade e Tonhão, sem saber os truques da Nona, se vê na maior enrascada, com o macarrão saindo sem parar do caldeirão. A velhinha o salva, mas o faz pagar por seu crime à altura. O rapaz é obrigado a comer todo o macarrão. Nem tal mal assim, não é?
Olha o desenho animado da história, que faz parte da coleção Crianças Criativas, da Global. A coleção é coordenada por Gian Calvi, que, inclusive, assina a tradução de Strega Nona. Não encontrei uma versão dublada, mas o Antônio adorou ver mesmo em inglês. Como ele já conhecia a história, eu o ajudei a acompanhar a animação. Vale a pena ver a versão em vídeo da história, que recebeu vários prêmios nos EUA. No Brasil, ganhou o selo altamente recomendável da Fundação Nacional do Livro Infanto-Juvenil (FNLIJ). Aproveite!

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