sábado, 22 de setembro de 2012

Um tangolomando para falar da macacada

Os macacos sempre foram os meus bichos preferidos. Macaco pequeno, médio ou grande sempre me faz rir e sonhar com uma vida mais livre, em que eu possa pular de galho em galho, comendo para não morrer e me divertindo com o meu bando. Uma de minhas lembranças de criança envolve um mico danado, amarrado em uma coleira e vivendo em um poleiro de bar de estrada, que avançou nos meus cabelos em vez de pegar a batata frita que eu lhe oferecia. O susto foi grande, chorei como toda criança faria, mas guardei esta aventura em uma das gavetinhas de bons momentos do arquivo de minha memória. Essa afeição pelos primatas faz com que eu olhe com simpatia para todas as histórias que falam de macacos. Macacos contra jacarés, onças e jabutis garantem diversão e aulas de malandragem para toda a família. Imagina eles em um bando de dez, como quis a escritora Anna Flora em Cada macaco no seu galho? A história, que ganhou delicadas e bem humoradas ilustrações de Cláudio Martins e foi editada pela Formato, fica ainda mais divertida por ser um tangolomango. Eu também adoro tangolomangos, aquela brincadeira cantada que começa com 10 pessoas, bichos ou objetos e que, após tirar um a um, acaba com nenhum. Há muitas versões populares de tangolomangos, que outrora garantiram divertidas brincadeiras de criança, e autorais, que hoje dão belos livros ilustrados. São tantas que perco a conta. Aqui no GATO DE SOFÁ comentei pelo menos duas destas versões: a da Tatiana Belink, Os 10 sacizinhos, e da  Graça Lima, Os 10 patinhos. Mas é sempre legal descobrir mais uma versão bacana, ainda mais quando se tem em casa um menino pré-escolar que se diverte contando dedos, batatas fritas e outras cositas até chegar ao infinito. E Cada macaco no seu galho, além de nos permitir os prazeres da matemática, traz ao fim da história um glossário com diversas espécies de primatas e um livro de brincadeiras para curtir ainda mais as divertidas ilustrações de Cláudio Martins e fazer a festa da criançada que gosta de uma tesoura. Na verdade, nem precisava. A história já garante festa boa, festa de macacada!

Um comentário:

Anônimo disse...

E viva a macacada!