quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Para brincar de livro



Caramba! Tem um mês que não atualizo o blog. Tempo à beça. Tempo que fiquei enrolada com o trabalho, mas que não deixer de ler para meus pequenos. Foram vários livros para o Antônio e nem tantos para o Pedro, que já ouve histórias de mais fôlego. Meu pequenino, com seus três aninhos e um pouco, está impossível. Todas as noites na hora de dormir, senta-se em frente de sua estante e sai tirando todos os livros do lugar, derrubando vários de uma só vez e separando quase uma dúzia para eu ler. É claro que me nego a ler tantas histórias. Não que ele não mereça, mas ler todas significa dormir quando o ponteiro do relógio está quase dobrando mais um dia. Por isso, faço valer a regra que estabeleci para o Pedro, ainda pequeno. São no máximo três histórias. O Antônio, no entanto, nem sempre se submete a ela e passamos para uma quarta. Entre as lidas estão sempre histórias de lobos. "Três Porquinhos" ou "Os sete cabritinhos" estão entre as preferidas. Mas, na tentativa de ampliar o repertório do pequeno, tenho remexido na estante e passeado por livrarias para trazer novidades para ele. A tradução da versão original dos "Três porquinhos", do inglês Joseph Jacobs, que compõe o livro Contos de fadas, da Zahar, foi um sucesso. Os porquinhos da casinha de palha e de madeira acabaram na barriga do lobo, que, ao fim, foi jantado pelo porquinho da casinha de tijolos. Apesar de toda a violência, a versão original do lobo-mau encantou o Antônio. Minhas escolhas, no entanto, nem sempre deram certo. Kipper, esconda-me, do autor inglês Mick Inkpen, editado pela Fudamento, é um belo livro, mas não prendeu a atenção do Antônio, que só pensa em porquinhos, cabritinhos e lobos. Mas a história é deliciosa e vale a pena. Os personagens interagem com o livro, fazendo da aventura de um cachorro, um gato e um rato um divertido e criativo exercício de metalinguagem para crianças pequenas. Apesar do Antônio ter se dispersado vários vezes, a leitura foi bastante divertida. O Pedro, que acompanha de perto todas as novidades que trago para o irmão, aprovou a brincadeira de Kipper e seus companheiros. Por isso, vou insistir com o Kipper. Este cachorrinho ainda vai conquistar o Antônio. Tenho certeza!

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