segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Um cavaleiro, um dragão e a magia dos livros

Aproveito a pós em LIJ da UFF para ampliar meu repertório com o Antônio. Isso é uma tarefa difícil, já que ele normalmente rejeita as novidades e os livros saídos da estante do Pedro. Todas as noites ele quer as mesmos histórias. A repetição é tanta que muitas vezes digo não. "Não aguento mais ler esse livro, Antônio. Vamos escolher outro". Mas ele, como diz o Pedro, é marrento e bate o pé. Em alguns dias cedo, em outros não. Depende do meu humor ou, melhor dizendo, do meu mau humor. Há também os dias em que ele, surpreendentemente, aceita uma ou outra novidade. Foi o caso de O Cavaleiro e o Dragão, de Tomie de Paola, que eu trouxe da biblioteca do Proale (Programa de Alfabetização e Leitura) da UFF. O livro, já fora do catálogo da Editora Moderna, é uma das pequenas preciosidades traduzidas pela nossa escritora Ana Maria Machado. A capa já nos seduz, com um grande e simpático dragão de um lado e um paramentado cavaleiro de outro. Os dois protagonistas da história são também antagonistas e passam quase todo o livro se preparando para uma batalha. A grande sacada de Tomie de Paola foi criar uma bibliotecária, personagem estranha aos romances de capa e espada, que alimenta a luta com livros sobre armaduras e habilidades dos combatentes e, no fim da história, reaparece para engendrar um desfecho inesperado. A presença da bibliotecária é discreta, mas essencial, o que nos faz pensar que talvez ela seja a maneira de Tomie de Paola dizer para seus pequenos leitores que a leitura pode ser uma experiência revolucionária. Isso sem qualquer didatismo ou militância pró-formação de leitores. Apenas com seu traço inspirado e uma ideia muito bacana que garantem humor e humanidade ao livro. Em muitas páginas, a ilustração é o bastante para acompanharmos a história, fazendo com que O Cavaleiro e o Dragão se encaixe na definição norte-americana de livros de imagens, em que texto e ilustrações travam diálogo essencial para o entendimento da história. São essas qualidades que fazem com que O Cavaleiro e o Dragão, lançado em 1980 e editado no Brasil, em 1999, ainda valha a pena. Faça como o cavaleiro e o dragão e vá a uma biblioteca curtir um pouquinho das ilustrações e do humor de Tomie de Paola ou, como eu, e garanta o seu em um sebo. Com um exemplar aqui em casa, posso ter sempre a mão o livro que entrou no rol dos preferidos do Antônio, totalmente cativado pela magia da história que, de tão bacana, conquistou até o Pedro. 

2 comentários:

  1. OLÁ,LUCIANA.

    SOU SEU MAIS NOVO SEGUIDOR.

    TAMBÉM SEMPRE GOSTEI DE LITERATURA INFANTIL.

    É TEMPO DE HUMOR.

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    É DE HUMOR E...DE GRAÇA!

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  2. Oi Luciana,
    por aqui a Sofia também adora uma repetição. As vezes já não aguento mais ler o mesmo ivro, quero uma história nova, mas ela não deixa. Adorei essa dica de leitura, pena que já está fora de catálogo. Vou procuar, de qualquer forma.
    beijos
    Chris
    http://inventandocomamamae.blogspot.com/

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