sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Um mistério que passa de geração em geração
Hoje estou
voltando das férias. Não das minhas, mas dos meus filhos. Férias que me sugaram,
que me tiraram qualquer tempinho que pudesse ser só meu. Tempo livre para fazer o que eu quisesse, inclusive, passar por aqui, onde não venho há pouco mais de
um mês. Um mês em que pensei várias vezes em falar de O gênio do crime, de João Carlos Marinho, um
clássico da literatura infanto-juvenil brasileira, que está nas livrarias há
quase 40 anos encantando as crianças de várias gerações que topam compartilhar das aventuras da
Turma do Gordo. Já são 60 edições e, pela vitalidade da história, estes números não vão parar por aí. O mistério de tanta longevidade, com certeza,
está em uma narrativa bem amarrada da investigação acerca da falsificação de
figurinhas de um álbum de futebol. Logo nas primeiras linhas vi que o Pedro, um
aficionado por futebol que recentemente descobriu-se um amante de livros de
mistério, tinha sido ganho para a história, que o fez retardar por alguns dias a
hora de dormir. Bolachão é um menino gordo dotado de uma fina inteligência, que
o leva a ser contratado pelo dono de uma fábrica de figurinhas para descobrir
um falsário responsável por uma derrama de figurinhas premiadas no mercado. A
partir daí desenrola-se uma excitante investigação que coloca em
risco o menino e seus amigos. A narrativa de Marinho não se
amesquinha para conquistar leitores mais preguiçosos. Pelo contrário, é rica em
detalhes para delinear os personagens e criar o ambiente onde a história se
desenrola. Além disso, ela não tem pena das crianças e as provoca a
experimentar os mais terríveis sentimentos, como o medo da tortura e da morte, com a
passagem em que Bolachão está em poder dos bandidos. Meu filho suou frio em
vários momentos da narrativa, aumentando ainda mais seu interesse pelo livro. Marinho vai até o limite, fazendo o leitor crer que tudo é possível em
sua trama. A trama
policial é bem construída, nos dando pistas do desvendar do mistério, e convive
com traços de humor na narrativa para aliviar a tensão do leitor ainda criança. Com certeza, Marinho não escreve para agradar, mas sim para inquietar. Tanto que o Pedro já está no terceiro livro da série, o premiado Sangue Fresco, em que a turma do Bolachão enfrenta um sequestrador de crianças e traficante de sangue humano. Que venham os outros livros com as aventuras da Turma do Gordo.
Oi Luciana, que bom que está de volta!
ResponderExcluirJá anotei a dica pois também um jovem amante de futebol por aqui! Acho que ele irá gostar.
Beijo
Oi, Ana Paula, tenho certeza de que sim. bjs
ResponderExcluirOi Luciana, eu li esse livro por sua indicação, e eu gostei muito dele, não consegui parar de ler!
ResponderExcluirAbraços , até
Oi Luciana...li esse livro qdo criança e nunca mais me esqueci...foi o melhor...
ResponderExcluirParabéns pelo seu trabalho!Venho sempre dar uma voltinha aqui...adoro!!!
sonia
Luciana, depois do meu filho Bernardo ler e adorar, agora foi a vez da Júlia!
ResponderExcluirDe início ela reclamou muito que aquele era um livro muito "para meninos", mas pegou o embalo e literalmente devorou o livro!
Para o mês de agosto a escola agendou uma visita à casa do autor. Já estão empolgados.
Beijo!
Que legal, Ana Paula! Vai ser uma visita muito bacana.
ResponderExcluirbjs