O Diário de um Gato Assassino, de Anne Fine, das Edições SM, foi lido de um único fôlego para um Pedro atento que, ao fim da narrativa, lamentou-se por sua brevidade. Realmente o livro é pequeno, com apenas 64 páginas e algumas poucas ilustrações de Sofía Balzola, mas é super bacana. A sacada da autora inglesa foi criar um gato, que segue o esteriótipo do felino dono de um humor sarcástico, para tratar da naturalidade da morte. Para o gato, esses eventos são banais, para seus donos, uma pequena tragédia. E para quem os lê, uma divertida aventura. São livros assim que tenho procurado para oferecer para o Pedro, atualmente um aficionado da série Diário de um Banana, de Jeff Kinney, editado no Brasil pela Vergara & Riba. O banana veio depois dos sete volumes de As Aventuras do Capitão Cueca, de Dav Pilkey, editados pela Cosac Naify. Nada contra o banana, que acho muito engraçado, e o Cueca, que acho uma bobagem sem fim. Muito pelo contrário! Eles fizeram o Pedro ler por conta própria e dividir suas experiências de leitura com os amigos. Ponto para eles! Mas isso não me impede de buscar obras que tenham maior preocupação com o estilo da narrativa. O que não é fácil! Meu olhar está sempre focado em livros com humor, já que ele é uma excelente isca para um menino de 9 anos, que começa a descobrir as malandragens da vida. Mas o humor não é um recurso literário fácil de ser trabalhado. Eu, pelo menos, não rio de qualquer coisa que leio ou vejo. Meu riso é difícil, mas quando encontrado, incontrolável. Assim, tem sido por toda a minha vida. O Pedro está no meu caminho, que acredito, vale dizer, ser o mais comum. Por isso, tem sido um desafio encontrar bons títulos para ele, como já falei disso brevemente aqui. Ele já passou da fase de ler livros ilustrados e ainda não está maduro o suficiente para ler sozinho obras com muito texto. Isso faz com que me empenhe cada vez mais para não deixá-lo sozinho nesse momento, em que passa a ser um leitor/ouvinte mais exigente. A dificuldade dele encontrar sozinho o que ler, poderia significar uma ruptura em seu processo de formação de leitor. Há quem diga que estou sendo excessivamente tutora e preocupada com isso e que deveria o deixar mais solto e livre para buscar suas escolhas literárias. Mas o que temo é que, nessa idade, o Pedro ainda não tenha vontade suficiente para sozinho alimentar sua fome de leitura e, que sem combustível, ela vá aos poucos se apagando, como uma vela asfixiada. Enquanto eu tiver prazer em fazer essa garimpagem, por que não?
Luciana,
ResponderExcluirsempre acompanho o blog mas nunca comentei.
Me admira muitíssimo esse seu empenho em garimpar boas obras pros seus filhotes.
E agradeço de coração por compartilhar seus achados conosco!
Meus leitores ainda têm 7 meses e 3 anos, mas tenho seu blog como uma referência (embora eu esteja engatinhando no assunto literatura).
beijos
Nós temos o diário de um gato assassino! É delicioso e divertido. Havia um trecho num livro didático do meu filho e ele se interessou; compramos. Foi tão empolgante que compramos depois a volta do gato assassino. Mas esse aí em cima ainda é o nosso predileto. Beijo!
ResponderExcluirladodeforadocoracao.blogspot.com
Luciana, na "volta do gato assassino", Veludo tem uma semana inteira para ficar sozinho em casa, porque a família sai de férias. Tudo o que ele queria... mas arrumam um padre para ir tomar conta dele!!!
ResponderExcluirDivertidíssimo! Beijo
Luciana,
ResponderExcluirTudo bem?
Então, quer dizer que a leitura
do DIÁRIO DE UM GATO ASSASSINO
deixou um gostinho de quero mais?
Confesso, que visitando o site
da SM, encontrei este livro e
achei o título um tanto esquisito.
Agora, após a leitura do seu post,
fiquei muito curiosa. Vou providenciar o mais rápido
possível um exemplar do livro da ANNE FINE para eu "MATAR" a minha curiosidade.
Obrigada pela dica!
CRISTINA SÁ do blog:
http://cristinasaliteraturainfantilejuvenil.blogspot.com
Luciana, tinha dois comentários pra fazer sobre esse post, mas já se adiantaram e disseram que tem "A volta do gato assassino" (mas o gosto mais do primeiro). O segundo comentário é que não posso deixar de te dizer que toda vez que faz referência a idade do Pedro, eu fico chocada! Acho um absurdo o Pedro já ter 9 anos, definitivamente! rsrsrs Beijinhos literários
ResponderExcluirOi, Amanda, pois é, o Pedro já tem nove anos e eu lembro bastante dos primeiros dias dele na minha barriga e da minha alegria em arrumar tudo para sua chegada. Você foi minha parceira nesse momento e em muitos outros de afeto com meus meninos. O Antônio já tem quatro anos e descobriu agora que tem medo do quadro dos três porquinhos. Saiu a maior briga entre os dois por causa disso. O Antônio queria tirar o quadro e o Pedro dizia que não, que aquele era o presente do aniversário dele de três anos. No fim, tudo se ajeitou. Sobre o segundo gato assassino, já estou providenciando.
ResponderExcluirbjs e saudades