terça-feira, 15 de setembro de 2009

Todos os ovos são fantásticos

O mais fantástico ovo do mundo foi a herança da primeira ciranda de livros da qual o Pedro participou na escola. Ele tinha cinco anos e tinha acabado de mudar de escola. Foi um ano de grandes novidades e a ciranda foi uma delas. O Pedro curtiu mais ainda quando, no fim de novembro, a professora colocou todos os livros na mesa e disse que as crianças poderiam ficar com um deles. Cada um escolheria o seu. Se mais de uma criança quisesse um mesmo livro haveria sorteio. O Pedro foi o único a querer O mais fantástico ovo do mundo, editado pela Global, e o trouxe para casa super feliz. Já se vão dois anos, mas o livro continua fazendo sucesso. Com razão, a história e as ilustrações do autor alemão Helme Heine são muito bacanas. A competição entre as galinhas Maricota, Vivi e Cris acaba de forma inusitada, mostrando a todos que o que importa são nossas qualidades e não se somos melhores do que os outros. Sendo assim, as três galinhas acabam amigas e coroadas princesas. Justo fim para quem quer ensinar às crianças que viver competindo é uma tolice.

sábado, 12 de setembro de 2009

Um au au bacana em busca do sono

O Antônio, como os meninos de sua idade, faz de tudo para não dormir. Rola pra cá, pra lá, pega brinquedo, fala com quem o está colocando para dormir, resmunga tanto até levar aquela bronca e fingir que está dormindo. Comigo ele sempre desiste de fingir. Com o pai ou a babá acaba vencido pelo sono, assim como Otto, o maneiríssimo cachorro criado por Todd Parr, o escritor/ilustrador californiano autor de vários livros legais editados pela Panda Books. Otto vai dormir fala de um cachorro bacana, como nossos pequenos, que não quer dormir. Coitado, ele faz todo o ritual para o sono vir e o sono não vem. O que vem é o desejo de brincar mais, de pular na cama, de comer muitos cachorros-quentes, de ser um super-herói, enfim... de ficar acordado. Até que uma hora o sono lhe vence e ele vê o quão gostoso é dormir. O livro, que fala da dificuldade das crianças pregarem os olhos, tem um apelo visual muito legal. Os desenhos de Todd Parr são grandes e simples como gosta uma criança desta idade, mas nem por isso são pobres. Pelo contrário, são super coloridos e expressivos. E a favor do livro conta ele ser apropriado para pequenos sem ser mais um daqueles cartunados, com belas imagens e texto sem sentido. Eu gostei, o Pedro gostou e, por fim, o Antônio, para quem era o presente, curtiu seu amigo au au. Aproveitou para engatinhar e latir como um cachorro. Bom.. dormir que é bom, nada.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Mais um lobo mau, ou melhor, faminto

As mães de crianças pequenas não têm como fugir da sina de falar de lobos. Se são meninos adoram o lobo mau de Os Três Porquinhos. Se são meninas, o lobo de A Chapeuzinho Vermelho. Mas na vida destas crianças têm sempre um lobo com a boca aberta para representar os medos que vão aparecendo em suas cabecinhas. Desta forma, estou aqui de novo vivendo todas as possibilidades de um lobo na vida do meu pequeno Antônio, que começa a colocar a cabeça para fora de casa e a descobrir os perigos do mundo. Mas haja paciência para falar sempre do mesmo lobo. Por isso, fui a campo procurar novas histórias e achei este divertido livro Que horas são, papai lobo?, de Annie Kubler, editado pela Ciranda Cultural. Annie conta, com a ajuda de um pequeno dedoche encaixado no livro, a história de um lobinho que pergunta todo o tempo ao pai que horas são. O detalhe percebido pelo Pedro, que andou lendo o livro, é que o relógio ganha em cada página uma forma diferente, mas sempre a de um animal que faz parte do cardápio dos lobos. O papai lobo responde sempre com algum acontecimento ligado à comida. Uma forma de desmistificar a fome imensa dos lobos maus que comem porquinhos, carneirinhos, vovózinhas e estão sempre a postos esperando por inocentes crianças. No caso do Antônio, uma feliz coincidência, já que ele está sempre com fome e concordando com o desejo do lobo de comer. Enfim... um bom livro para os pequenos.