domingo, 18 de abril de 2010

Todos nós temos um pouco de Bi e Bililico

A cara dessa mãe grande e acolhedora, que mais parece uma madona italiana se preparando para uma noite de sono bem gostosa, é o máximo. A história dela e de seu filho tão pequeninho não fica atrás. Bi e Bililico se amam e se perdem, como todas as mães e todos os filhos. O desencontro é marcado por aventuras, choro e a procura do outro. O encontro é cheio de alegrias. Assim, como é a relação de uma mãe e com o filho. As crianças percebem isso, em uma história onde o diálogo do texto com a ilustração compõem um criativo quadro, que oferece inúmeras possibilidades de leitura. Não à toa o Antônio, ao ouvir a história pela segunda vez, pediu-me que substituísse o nome de Bililico pelo dele. E a cada página que aparece a mãe - lindona, em sua avaliação - ele diz: "Você, mamãe!" Por tudo isso, a história de Denize Carvalho e Sonia Dreyfuss, ilustrada pela maravilhosa Eva Furnari e editada pela Formato Editorial, é uma bela leitura para aproximar mãe e filho, por falar do medo de ambos de se perderem um do outro. Encarar os medos é sempre a melhor receita para alimentar o amor.

Uma casa cheia de histórias

A vida anda tão corrida que não tenho atualizado o blog com a frequência que eu gostaria. Mas aqui em casa continuamos com a rotina de leituras para o Pedro e o Antônio. As sugestões de novas histórias vão chegando de vários lugares: da escola dos meninos, do meu curso de especialização de Literatura Infanto-Juvenil, na UFF, das visitas às livrarias e dos amigos. O mais novo sucesso com o Pedro é a coleção Casa Amarela, da Formato Editorial. Os 14 títulos da coleção têm sido a leitura do Pedro e de seus colegas na escola. As histórias de Lilian Sypriano, com ilustrações de Cláudio Martins, são realmente muito bacanas. As narrativas, em bom tamanho para uma criança de oito anos, lançam mão das rimas para prender a atenção do pequeno leitor nas histórias de suspense que tratam de fantasmas, de heranças, de casas mal assombradas e outras fantasias comuns na infância. As histórias de Lilian agradaram tanto, que ele veio me propor perder três vezes e meia a semanada para comprar mais um título da coleção. Diante de tanto interesse, resolvi comprar aos poucos os livros que tanto o encantaram. Por enquanto, só temos Acorda, Rubião! Tem fantasma no porão!, A galinha da vizinha chegou ao fim da linha, Morreu tio Eurico! Rubião Ficou rico! e Zé Murieta, o homem da capa preta. Ainda faltam 10 para completarmos a coleção. Quem sabe?

terça-feira, 13 de abril de 2010

Pelo direito de contar cascata

Assim que ouvi a história Balela (Igor Q.), de Jon Scieszka, editada pela Companhia das Letrinhas, tive a certeza de que o livro ia fazer sucesso com o Pedro. Nenhum mérito para mim, já que é uma delícia a história de Scieszka, ilustrada por Lane Smith. Os dois já fizeram outra parceria de sucesso, com o livro A verdadeira história dos três porquinhos, e acertaram em cheio com Igor Q. Balela, um menino extra-terrestre que todos os dias chega atrasado na aula e por isso resolve contar uma grande cascata para livrar-se da ameaça da professora de impor-lhe um "castigo perpétuo". Isso tudo contado com humor e criatividade, que faz o menino ET falar uma língua que é um mix de vários idiomas da Terra. A história de Igor encantou o Pedro, que chegou a sugerir até mesmo a troca do título para Pedro Q. Balela. Meu filhote, do alto de seus 8 anos, está descobrindo a malandragem e achando que é capaz de enganar a professora. Ele confessou durante a leitura que age como o Igor apenas quando é muito necessário. O mais bacana é que em sua inocência ele acredita que suas histórias colam. Mal sabe ele que todas as professoras são parecidas com Dona Moscapreta, agindo, ao mesmo tempo, com severidade e complacência diante das malandragens dos alunos.