Hoje, não vou falar de um livro. Vou falar da
importância deles na nossa vida. Os livros são portas abertas para realidades
distantes, tempos idos e histórias que não são nossas, mas que podem nos
proporcionar experiências inesquecíveis. Mas chegar até eles nem sempre é um
caminho fácil e raramente, solitário. É preciso que nós adultos ajudemos
as crianças a encontra-los, assim, como nossos pais e avós nos apresentaram ao
mundo das narrativas orais ou escritas. Em uma infância não tão distante, ouvíamos
histórias inventadas ou passadas de geração em geração e brincávamos com
lengalengas, parlendas, cirandas, advinhas, enfim, uma série de brincadeiras
faladas que nos colocam diante das possibilidades das narrativas e da
língua. Hoje, com a infância vivida dentro de casa, a vida corrida dos
adultos e o desencantamento do mundo, as histórias, cada vez mais, moram nos
livros e nos produtos audiovisuais. Vamos combinar que o que a gente não
precisa é apresentar a TV e o mundo virtual para as crianças, mas os livros
precisam, sim, de uma apresentação. São poucas as crianças que chegam
neles espontaneamente, mas são, ainda em menor número, aquelas que os rejeitam
quando tomam contato com as histórias que cabem neles. Somos nós, adultos, que,
com nossa voz, pequenas intervenções e muita ternura as conduzimos ao mundo das
narrativas. Por isso, nada melhor do que aproveitarmos o Natal, essa festa
de amor e magia, para darmos um livro de presente para as crianças. Você pode achar aqui, no blog, uma série de livros bacanas, além das listas de sugestões para crianças de até cinco anos, de seis a nove anos e com mais de 10 anos. No mais, aproveito para deixar meus votos de feliz Natal e um
2016 cheio de boas novas.
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