domingo, 16 de agosto de 2009

Iguais nas diferenças

Ter dois filhos é um belo exercício de observação do comportamento humano. Afinal, como duas criaturas filhas dos mesmos pais, com a mesma educação podem ser tão diferentes? Esta pergunta todos os pais de mais de um fazem. Mas a fazem com razão. Qual será a estranha equação que aplicada mais de uma vez dá resultado diferente? O Pedro e o Antônio, irmãos no sangue, no nome e nas feições comprovam isso. O Antônio agora, fazendo valer seus direitos de filho, todas as noites vai à estante procurar um livro para eu ou o Cadoca lermos para ele, antes de dormir. Até aí, imita o mais velho. Mas as diferenças começam a aparecer quando deitamos para ler. Com apenas dois anos e quatro meses, ouve toda a história, atento às ilustrações, com a paciência de um pequeno leitor. O Pedro, com esta idade, era um apressado. Queria que eu passasse logo as páginas para ele poder ver as ilustrações. Eu tinha uma estratégia para não perder a história. Lia o livro sozinha para conhecê-la antes de sentar com ele. Assim, eu podia resumí-la na hora da leitura. Lemos, eu e o Pedro, desta forma por algum tempo - talvez uns dois anos - até que ele começou a ter prazer com a espera. Hoje, aos sete anos, reclama quando a história é curta. Já meu pequeno Antônio espera a leitura - tempo que aproveita para curtir as ilustrações e fazer comentários sobre elas - com a curiosidade de um menino grande. Ao fim, ele ainda curte o livro, dormindo agarradinho com ele. Nestes primeiros dias de leitura antes de dormir a escolha campeã do Antônio tem sido Os três porquinhos, o que o aproxima mais uma vez do irmão, que a tinha como sua preferida. Tão diferentes e tão iguais meus dois meninos, que curtiram igualmente, mas em tempos diferentes, o painel/brinquedo que encomendei com a Amanda Nogueira para dar de presente ao Pedro, em seu aniversário de três anos. Acertei em cheio. Agora crescido, Pedro cedeu sua vez para o Antônio que não se cansa de tirar o Lobo Mau e os porquinhos do painel, deixá-los nus e puxar as casinhas. Uma alegria.

4 comentários:

Velejando nas Letras disse...

Luciana, que delícia ler o seu blog! Os filhos crescem e as nossas observações os acompanham. O mais divertido, interessante e às vezes aflitivo, é identificarmos neles um pouco ou muito de nós.

Beijo

Unknown disse...

Luciana:
Adoro seu blog!! Será que esse painel ela entrega em Salvador ? Adorei?
bjs
Milena

Luciana Conti disse...

Oi Milena,
Não sei. Mas manda um e-mail (amandanc_uff@hotmail.com) para ela e pergunta. Ela é super legal. Você vai gostar.
Bjs.
Luciana

Unknown disse...

OI Luciana!!
Segui o seu conselho ...agora é só aguardar!!!
bjs
Milena