
Confesso que nunca ouvira falar em Jacques Prévert até depararme com o instigante título
Contos para crianças impossíveis, uma tradução da Cosac Naify. Mãe de uma criança impossível e apaixonada por histórias, resolvi comprar o livro ilustrado pelo brasileiro Fernando Vilela. Ao ler a apresentação do filósofo José Arthur Giannotti percebi de imediato que o livro não era exatamente para uma criança, mas para adolescentes e adultos incorformados. Isso mesmo. Jacques Prévert faz um manifesto contra o antropocentrismo que fez o homem destruir e dominar a natureza. Seu discurso é a favor da natureza, mas não foi escrito na recente onda do crescimento sustentável. Ele é um dos expoentes da literatura francesa do pós-guerra - sua primeira obra P
aroles foi publicada em 1945 - e fala o francês do povo. Sua verve é libertária e questiona o modelo que nos fez senhores do mundo. Seu manifesto me encantou. Com certeza vou procurar para ler suas outras obras publicadas no Brasil:
Dia de folga, da Cosac Naify,
Carta das Ilhas Andarilhas, da 24 Letras, e
Poemas, da Nova Fronteira.
Um comentário:
Luciana, sou apaixonada pelo Prévert desde que tinha que decorar poemas dele na escola... coisa que toda criança que estudou na frança ou adjacências teve que fazer... depois é que fui conhecer a poesia dele "não pra criança". Que guarda um jeito de escrever de criança. Até parece que não dá trabalho... beijos. Renata
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