
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Olha a cara do meu Gato de Sofá!

quarta-feira, 16 de maio de 2012
Para não esquecer jamais!
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terça-feira, 15 de maio de 2012
Assim é se lhe parece!
A verdadeira história dos três porquinhos, da dupla de autor e ilustrador Jon Scieszka e Lane Smith, chegou aqui em casa pelas mãos do Antônio, que, sendo o primeiro na chamada, teve o privilégio de abrir a escolha dos livros da ciranda. Tem lobo, porquinhos... é esse mesmo! Escolheu sem qualquer sombra de dúvidas e chegou em casa todo orgulhoso, com o livro editado pela Companhia das Letrinhas. Eu já o conhecia, mas confesso implicava com ele, como com quase todos que tornam-se campeões de venda. Mas neste caso, se ele virou um best-seller, virou por seus méritos e não deméritos. A verdadeira história dos três porquinhos, lançado em 1989, é o primeiro livro da dupla de autor e ilustrador e, com certeza, um dos primeiros a desconstruir um conto de fadas. Mas Scieszka, um renomado autor para crianças, faz isso com o maior talento, o que livra a narrativa de ser mais uma história politicamente correta ou desmistificadora dos contos tradicionais, tão em voga nos últimos anos. Pelo contrário, o livro reforça o caráter maravilhoso das histórias tradicionais ao criar dúvidas sobre o papel do lobo na morte dos porquinhos, da casa de palha e de madeira, e na tentativa de invasão da casa de tijolos. O formato depoimento, proposto pelo autor, é a grande sacada. que dá uma dimensão maior à história contada pelo lobo mau. Ele pode estar falando a verdade ou não. Suas críticas aos meios de comunicação, que, segundo ele, o endemonizaram, podem ser justas ou apenas uma estratégia de sua defesa para livrá-lo da culpa. Pois é, guardando as devidas proporções. a história me lembrou livros reportagens produzidos por jornalistas americanos, com entrevistas de condenados por crimes de grande repercussão. Ao fecharmos o livro de Scieszka, fica a dúvida se o lobo é mais um psicopata ardiloso ou uma vítima de coincidências infelizes, exploradas com sensacionalismo pela mídia. Tudo isso com a sutileza que uma narrativa desta natureza exige, para que a história não resvale no didatismo. Bom ou mau, mais uma vez uma bela história de lobo!
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Minha homenagem a Maurice Sendak
Acabo de ler no jornal que o escritor e ilustrador americano Maurice Sendak morreu ontem, aos 83 anos, em decorrência de um derrame sofrido há dias. Fiquei triste, mesmo sem nunca tê-lo visto. Conheço de Sendak apenas o livro Onde vivem os monstros, editado aqui no Brasil pela Cosac Naify. Sei que não basta, mas para mim foi o suficiente para entender sua importância na cena da literatura infantil. Max, o menino protagonista do livro ilustrado, ganha no traço e texto de Sendak uma profundidade psicológica, digna de grandes personagens. Sua viagem à terra dos monstros, onde torna-se rei, dá ao pequeno leitor inúmeras possibilidades. Ele é a própria criança em diálogo com seus medos, desejos, fantasias e ansiedades. Sua mãe, a antagonista da história, está presente apenas no pensamento do menino, que desobedece, transgride, inventa e desafia, mas, como um bom filho, à casa torna. Max, podemos dizer sem medo, é a criança sadia. A criança que experimenta, sem, no entanto, cortar os laços com o mundo real. Ele vai e volta da terra dos monstros, com a certeza de que haverá um prato de comida quentinho o esperando. Para nós, convidados por Sendak para esta aventura, fica a certeza de que uma boa história é sempre uma rica viagem. Assim, que o Antônio a entende todas as vezes que a leio para ele. Já ouviu inúmeras vezes as aventuras de Max, na terra dos monstros, mas está sempre disposto a mais uma vez. Ele, mais que o Pedro, que conheceu a história com quase oito anos, assim que ela foi lançada no Brasil, curte as possibilidades da narrativa de Senadk. Curte tanto que, todas as vezes que a ouve, resolve assumir a identidade de um dos monstros - sempre o mesmo, que representam a subjetividade da criança em todas as suas possibilidades, do humor ao terror. Um belo livro, que, com certeza, justifica uma vida. Fica aqui minha homenagem a este grande autor, que ganhou os dois mais importantes prêmios mundiais da literatura infantil - o Hans Christian Anderson, em 1970, e o Astrid Lindgren, em 2003.
Quem quiser, ler outro comentário do Gato de Sofá sobre o livro, clique aqui.
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domingo, 6 de maio de 2012
Uma história que passa de geração em geração
Fiquei tão feliz quando, por acaso, achei na estante de uma livraria O grande rabanete, de Tatiana Belinky, editado pela Moderna, que resolvi ler a história ali mesmo para o Antônio. Tão logo iniciei a leitura, vi que Tatiana Belinky mais uma vez o conquistara. Ele foi, com a maior animação e atenção, até o fim da história do agricultor que tenta, sem sucesso, puxar um rabanete da terra. A razão de tanto interesse encontra-se no talento de Tatiana em contar ou recontar uma história, como é o caso de O grande rabanete, uma releitura do conto tradicional russo O nabo gigante, recolhido no século XIX pelo grande Leon Tolstoi. Tatiana, russa radicada no Brasil, conta no fim do livro que, como não gosta de nabo, escolheu o rabanete para recontar a história que ouvia na infância de seu avô. O resultado de seu talento, aliado a uma bem-humorada ilustração de Claudius, produz um belo livro para crianças. A animação do Antônio foi tanta que resolvi comprar o livro, que, diga-se de passagem, estava na minha lista de desejos há anos, desde que o conheci por meio de uma ciranda de livros da escola. Lemos na livraria de manhã e relemos à noite em casa, quando tive a grata surpresa de vê-lo decorar o texto para fingir que estava lendo sozinho. Fiquei encantada com o Antônio narrando, com a maior segurança, o esforço do agricultor em retirar o grande rabanete da terra e os reforços que conquistou no meio do caminho para, ao fim, rir-se todo do ratinho garboso, que resolve ficar com os louros do esforço de todos. Tatiana tem razão, esta é uma história para lembrar-se por toda a vida e passar de geração em geração. Não a toa, em 12 anos, o livro já ganhou duas edições e 34 reimpressões. Que Tatiana nos conte outra!
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