
sábado, 19 de dezembro de 2015
Natal é um tempo de amor, magia e histórias

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
50 anos riscando a vida
Hoje acordei com 50 anos. Levantei cheia de sono, querendo dormir mais, mas levantei rápido o suficiente para agarrar a vida com a pressa de quem acredita estar apenas no meio do caminho. E para celebrar essa data, nada melhor do que lembrar o meu poeta preferido, falando com a justeza dos céticos sobre as possibilidades da vida.
"Nunca pensei que tal mundo
com sermões implantaria.
Sei que traçar no papel
é mais fácil que na vida,
Sei que o mundo jamais é
a página pura e passiva.
O mundo não é uma ilha
de papel, receptiva:
o mundo tem alma autônoma,
é de alma inquieta e explosiva.
Mas o sol me deu a ideia
de um mundo claro algum dia.
Risco nesse papel praia,
em sua brancura crítica,
que exige sempre a justeza
em qualquer caligrafia:
que exige que as coisas nele
sejam de linhas precisas
e que não faz diferença
entre a justeza e a justiça."
Trecho de "O auto do Frade", de João Cabral de Melo Neto

com sermões implantaria.
Sei que traçar no papel
é mais fácil que na vida,
Sei que o mundo jamais é
a página pura e passiva.
O mundo não é uma ilha
de papel, receptiva:
o mundo tem alma autônoma,
é de alma inquieta e explosiva.
Mas o sol me deu a ideia
de um mundo claro algum dia.
Risco nesse papel praia,
em sua brancura crítica,
que exige sempre a justeza
em qualquer caligrafia:
que exige que as coisas nele
sejam de linhas precisas
e que não faz diferença
entre a justeza e a justiça."
Trecho de "O auto do Frade", de João Cabral de Melo Neto
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