quarta-feira, 17 de julho de 2019

A estética da vertigem em "Todo cuidado é pouco"

Compartilho, aqui, com vocês meu artigo A estética da vertigem como estratégia de subversão da ordem: um estudo de "Todo Cuidado é pouco", de Roger Mellopublicado na Revista Palimpsesto, do programa de pós-graduação em Letras da UERJ. Meu objetivo foi analisar o livro ilustrado na perspectiva da vertigem. A hipótese que trabalhei é a de que o autor se utiliza da forma da parlenda para criar uma ciranda em que os personagens se transformam à medida em que a narrativa avança, em versos rimados e ritmados. As ilustrações se comporiam, nessa perspectiva, por imagens fragmentadas e circulares, como a de um caleidoscópio, e a leitura dos versos produziria uma espécie de vertigem que libertaria o leitor do sentido estrito do texto, oferecendo-lhe uma experiência lúdica. A narrativa circular, como uma ciranda, é, segundo minha hipótese, não uma reafirmação da tradição dos jogos falados, mas a utilização deles para criar um ambiente de instabilidade que subverte o papel de cada personagem. Essa análise foi inicialmente apresentada como monografia final do curso Línguas do começo, ministrado pela professora doutora Rosana Kohl Bines, no Programa de Pós-graduação em Literatura, Cultura e Contemporaneidade, da PUC-Rio (PPGLCC-PUC-Rio). Rosana é também minha orientadora de mestrado, a quem só tenho a agradecer pela generosidade e atenção de sempre.

2 comentários:

ركن الامثل disse...
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Anônimo disse...
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